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14 de janeiro de 2012

Dr. José Almeida discute o caso Noé com a família !

Dr. José Almeida, D. Osmarina (avó de Noé)

                                                 

Ontem pela manhã (13) no Hospital das Clínicas de Chpadinha (HCC), o médico ginecologista José da Costa Almeida tenta explicar o caso à família de Noé, o bebê que teve a cabeça degolada em pleno parto, pelo médico Dr. Sérgio Sousa Barbosa que alega ter feito esse procedimento para salvar a vida da mãe.

Eu estive na sala do HCC juntamente com o Dr. José Almeida, vereadora Francisca Aguiar, a agente de saúde Marise, Osmarina de Jesus, avó do bebê, Claúdio de Jesus, filho de Osmarina e demais funcionários administrativo do hospital.

Observe na gravação que o médico  explica à família que na ficha do prontuário diz que o bebê já estava morto e que acredita que houve uma humanização do parto, ou seja, pelo fato da parturiente apresentar um estado já avançado em  Feto Pélvico ( parte do bebê fora da vagina), a única solução seria tentar da sequencia ao parto mas caso aconteça que a cabeça fique presa (cabeça derradeira) a degolação é necessária para salvar a mãe.

A vereadora Francisca Aguiar relata uma complicação que houve em seu parto ao dar à luz, onde o Dr. Levi conseguiu com êxito retirar sua filha.

D. Osmarina disse ao Dr. José que ao contrário do que relata o Dr.Sérgio, sua filha havia lhe contado que o bebê não estava morto, e ela sentiu ele batendo os pés na hora do parto em tamanha agonia quando o médico estava puxando-o. No entanto, a avó e seu filho Claúdio, dizem que o médico já sabia  dos riscos e só após o bebê morto é que ele fez a cesária.

Outra polêmica que a avó comenta é o fato do médico quanto veio entregar o bebê já morto em uma caixa, pedir a ela que fizesse um velório de forma discreta, porém, Dr. Sérgio não havia explicado o motivo. O mais revoltante, que dona osmarina disse que o médico ao visitar sua filha chegou aborrecendo e brigando com a mesma  dizendo que não foi culpado da morte do recém-nascido. A avó disse que teve uma paciente que passou mal ao ver a pressão psicológica do médico e que sua filha a partir desse momento teve complicações nos ferimentos da cirurgia.

Ouça o áudio com atenção e veja os detalhes dessa discussão.

Infelizmente até o presente momento (10:40h -14/01) ainda a delegacia não conseguiu o prontuário e a certidão de óbito e por esse motivo a família está em estado de aflição, visto que Noé ainda se encontra no IML em São Luis. Esses documentos são necessários para que o corpo seja liberado.

ENEDILSON SANTOS.

3 comentários:

saúde disse...

A profissão de médico pra mim é a mais linda que existe, ser médico é ter uma grande missão nas mãos, que exige bastante compentencia sem erros. Por isso eu nunca tentaria ser médica, porque sei que nem todo mundo tem capacidade.
O segundo motivo que não deixaria eu ser uma médica, é as condições de trabalho dos hospitais publicos, a rede de saúde publica brasileira, principalmente em chapadinha, os hospitais não tem estrutura para atender a população. Todos os anos eu vejo varios casos de morte de pacientes encaminhados para a capital de São Luís porque os hospitais de Chapadinha não tem capacidade de atender, por falta de uti e profissionais compententes.
A secretaria de saúde juntos com os governantes, tem que desenvolverem um projeto de fichalização e orientação as famílias carentes,como por exemplo na hora do parto, a consciencia de ter um filho sem capacidade emocional e financeiro e varios fatores de saúde.
A modelo e apresentadora Fernanda Lima, fez um comercial de parto normal, ela tem seus filhos gêmeos em uma parto normal, mas ela foi treinada para ter seus filhos em parto normal, com vários exercicios e orientação de especialistas, coisa que nem toda mulher gestante brasileira tem condições de ter. Claro que o parto normal é melhor na recuperação da mulher, e os médico são pressionados a fazer o partos normais e menos cesaria. Mas acredito que o país não esteja preparado para fazer tantos partos normais. Então esse comercial de Fernanda Lima, só vale para os cofres publicos do governo.

Liga da Justiça disse...

Achei muito pertinente o que foi apresentado (por Saúde - BLOG acima), vejo que é uma pessoa com uma boa visão e percepção de realidade.

Vejo com bons olhos também o pronunciamento do Dr. José de Almeida, uma pessoa que merece respeito e consideração e todos os chapadinhenses sua explicação é bem claras, porém, se fosse o senhor que estivesse no procedimento médico eu ficaria tranquilo. Porém, como não foi eu não acredito na versão do outro médico, pois levei minha criança no HCC e o médico envolvido na questão diagnosticou-o com DENGUE e me tratou mal, consegui ir a São Luis com ajuda de várias pessoas e quando levei a uma pediatra de verdade ela diagnosticou a criança com inflamação de garganta.

Acreditar em quem nesse momento? Este caso deixa a gente totalmente indignado,porém ao contrário do que era a população a cinco anos atrás, hoje é diferente têm consciência do que é certo e do que é errado e conhece plenamente seus direitos.

Acho que está na hora da secretaria de saúde dar lugar a alguém com mais competência, que poderia ser o próprio José de Almeida, além disso este médico envolvido na questão deveria já ter sido afastado pela Secretária até que o caso fosse esclarecido, ou será que vão esperar mais atrocidades para que isso seja afeito.

Em Chapadinha não as pessoas não devem ser tratados como animais e sim com dignidade e respeito, pagamos impostos e moramos aqui. E esses políticos que só pensam no seu bolso, não querem saber de nada.

Nalda Cardoso disse...

Todos o dias, assistimos através da mídia casos bárbaros em hospitais da rede pública e nada é feito. Infelizmente no caso Noé, podemos perceber que com o procedimento do parto cesário essa tragédia não teria acontecido.
Todos nós sabemos que na maioria das vezes "esses médicos", pelo fato da paciente já ter entrado em trabalho de parto, esperam inumeras horas até tomarem a decisão de partirem para uma cesariana. Depois da mãe já ter sofrido um absurdo, ou por ela ter tido outros filhos em partos normais, etc. Mas o fato é que apenas quando percebem de fato o risco de vida para ambas as partes (mãe e filho) o procedimento correto é tomado.
Eu já passei por issso e sei muito bem como as gestante com condições financeiras precárias são tratadas no HCC.
Isso é uma vergonha!!!
Isso tem que mudar!!!

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