Não é a primeira vez que este senhor se envolve nesses absurdos, quem lembra do recém nascido que teve as costas queimadas? Ninguém questionou, e a mídia local nem aí. O caso foi abafado. Felizmente esse não foi. Pode até ser que ele esteja falando a verdade no caso Noé, mas será!? Procurem as pessoas pobres que foram atendidas por ele. Pra conferir seu histórico de profissional cordial e compreensivo.
Até quando Mulheres pobres continuarão perdendo seus filhos, ou mesmo suas vidas, ou quando menos humilhadas nos HOSPITAIS PÚBLICOS de Chapadinha?
Minha tia morreu por complicações no parto, se era possível salvar sua vida, a gente nunca vai saber, pois ela não recebeu o atendimento adequado no HCC, hospital público de Chapadinha. Quando ela sentiu as dores do parto no oitavo mês, a colocaram em um quarto e deixam-na sentindo dores, não apareceu um médico lá, só depois de muito agonizar, viram que não era "frescura de prenha", então surgiu o “Dr.” (esse não era o Sr. Sérgio), umas quatro horas ou mais depois. Só que ela JÁ estava com hemorragia interna, o médico fez a cesárea, tirou o bebê vivo, mas a mãe (Angelita) estava entre a vida e a morte, então seguiram para São Luís, entretanto não deu tempo de salvar sua vida, ela morreu em uma ambulância, sem os filhos e sem o marido. Perdeu muito sangue, o médico que a recebeu em São Luís disse que ela estava toda suja de fezes (talvez de tanto sentir dor) e sangue quando chegou no hospital, eles a limparam, mas não havia mais tempo de salvar sua vida, ela já tinha perdido muito sangue. Angelita, deixou 5 filhos sem mãe, entre eles um recém nascido e uma menina de apenas 02 anos, mas quem se importa, é só mais uma pobre, uma "prenha", uma "buchuda", só menos um voto....
Na época, eu estava grávida, então "alguns próximos" do Senhor médico Sérgio perguntaram se eu não queria fazer meu parto em Chapadinha no HCC, pois se quisesse me arrumariam, e seria "bem tratada", pois eu era conhecida. Evidentemente, não aceitei, me recuso a compactuar com as regras de bom relacionamento desse hospital, onde as "finas" e "bem relacionadas" têm tratamento vip, enquanto as pobres são humilhadas e quando não pior.
O certo é que é um absurdo que mulheres ainda morram por complicações no parto em pleno século XXI, se pesquisarmos o percentual de morte entre grávidas, veremos que os números são exorbitantes entre as mulheres pobres, e não é só por falta de pré natal não, é por falta de respeito com a vida por parte de políticos e, também, dos profissionais. Pergunto, quantas grávidas e quantos bebês morrem por ano nos hospitais públicos chapadinhense? Alguém tem esse levantamento?
Seria bom que todos que viveram algo parecido com as experiências que contei não se calassem. Vamos tornar público essas histórias, para que os “grandes” saibam que em tempos de internet, A VOZ DO POVO pode ter espaço.
Por: Cleuma Almeida. (mestranda em Educação pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA)
Fonte: Facebook
1 comentários:
"Baralhooooo"... eu não acredito que apenas a Cleuma saiu para estudar fora e ter opinião que busca melhorar, se não o Maranhão, pelo menos sua cidade. Eu nem me refiro a pessoas com mais de 40 anos, pois estas foram criadas em outra época, já estão viciadas a dizerem "É assim mesmo".
Mas cadê os tantos estudantes de medicina, enfermagem, direito, assistência social, que saíram de Chapadinha e foram estudar em São Luis, Teresina e outras cidades? Esse pessoal saiu só pra ter um diploma e depois retornar e "mamar" na teta da prefeitura?
Bem, a falta de comentários nesse post já diz tudo.
A Cleuma está coberta de razão, quantas Marias morrem, ou são maltratadas em hospitais públicos só porque são pobres.
Eu fico indignado ao saber que 27,5% do meu salário vai para bancar servidores com esse naipe de caráter.
Fica apenas o apoio a Cleuma.
Raniere Machado
Engenheiro
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