Prezado Fred Ruan, quero aqui neste espaço fazer sinceros elogios ao seu brilhante texto postado no blog do Dr. Ernani Maia em 06/02/13 intitulado: “Quando Cultura não se resume apenas a festas” (Excelente postagem!)
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| Fred Ruan |
Pois bem, não conheço você nem você a mim, no entanto, isso não impede que eu comente o que você escreveu com bastante propriedade traçando esse imenso contraste entre festas e cultura; pois realmente nem toda festa é cultura e nem toda cultura é sadia; veja-se por exemplo as touradas na Espanha onde os animais são torturados dolorosamente até a morte e pouca gente se manifesta no mundo para acabar com aquela cultura sanguinária, maldita e diabólica. Na África, na cultura de algumas tribos está incluído um ritual de remoção do clitóris da genitália feminina sem anestesia; em outras tribos, algumas mulheres tem que cortar um dos dedos da mão para enterrar junto com o marido – quando ele morre primeiro; dentre tantas outras esquisitices que as nações criaram neste mundo, alguém chamaria isso de cultura bendita?
O carnaval do Rio de janeiro através de suas grandes Escolas de Samba, pelo menos, leva cultura ao carnaval através dos variados temas que são representados através dos carros alegóricos, é menos nocivo do que a grande bagunça que é apresentada pelo resto do Brasil a fora.
Você comentou algo que pouca gente ou quase ninguém tem coragem de falar ou comentar; que são estes aspectos sombrios da cultura brasileira, onde o povo aprecia com louvor essa festa bizarra, nojenta, onde só se ouve barulho ensurdecedor – onde a lei do silêncio não tem nenhum valor, gente sujando as ruas, gente bêbada, drogada, gente mal educada, muita gente violenta, mortes brigas, gente andando em alta velocidade pondo em risco a vida de quem não tem nada a ver com essa parafernália chamada “cultura “ (Felizmente nem todos andam assim da forma supracitada).
Além do mais, quando se observa nos noticiários o saldo negativo do que esse evento nacional deixa para trás como um furacão, é algo que deveria fazer as pessoas pensarem um pouco mais no lado negativo do evento como por exemplo: muitos acidentes de trânsito com mortos e feridos, brigas e mortes em muitos locais da festa, acidentes com trios elétricos que também deixam mortos e feridos, assaltos, furtos e coisas do gênero.
Infelizmente essa coisa dura tempo demais 5 dias! É tempo demais pra tantas bizarrices, tanta zoada....! Sei que no meio disso tudo tem muita gente boa, gente de bém; mas acredito, que muitos participam por força da insistência de colegas, membros da família, e ás vezes por pressão da sociedade e por terem medo de serem consideradas diferentes ou estranhas. Infelizmente nem você nem eu, que apreciamos uma cultura melhor não podemos fazer nada para mudar as coisas; apenas nos indignar, pois como disse NAPOLEÃO BONAPARTE ....” Tentar convencer as massas, entretanto, é o golpe de gênio que muda a face do mundo”.
Entretanto, como não podemos mudar nem as massas nem os líderes, resta-nos fazer a nossa parte como “gota no oceano,” selecionando o tipo de cultura que vamos abraçar para nós no intuito de fazermos um grande bem para o nosso país, nossa família e nossa comunidade; pois é o conhecimento que eleva o nível social, cultural – no verdadeiro sentido da palavra, e econômico de uma nação.
(Parabéns pela sua excelente abordagem! Espero que mais e mais pessoas venham a lê-la e ponderar sobre ela.)
Francisco C. da Silva
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