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10 de outubro de 2012

CHAPADINHA, 2001 – 2012: PROMESSAS DO INÍCIO DO SÉCULO (Por Anaximandro Cavalcante)



No inicio dos anos 2000, pareceríamos nos aproximar da realização final de nossos mais ardentes sonhos. Nossos anseios eram moldados pelas promessas de desenvolvimento ouvidas em longos discursos que falavam de emprego pra toda gente, progresso e desenvolvimento. Dois homens, dois heróis, prometiam nos livrar dos ratos e urubus, e em seus discursos promoveram esperanças em proporções tais que os nossos antepassados nunca sonharam. Apesar disso, a condição em que nos encontramos hoje está longe da realização daquelas promessas do inicio do século. 

Hoje nossa realidade revela que esse desenvolvimento foi alcançado por bem poucos. Quem mais lucrou estava no poder ou eram os seus cupinchas que pela exploração dos outros obtiveram lucros e se tornaram os novos ricos de Chapadinha. 

Hoje, assim como no inicio do século ouço dizer que estamos atravessando um período de promissor desenvolvimento. Nada poderia estar mais longe da verdade. Quem tenta chegar ao poder, ou quem tenta manter-se nele, lança mão de acontecimentos pertencentes à outra época e os transforma em fórmulas, que serve às suas finalidades do presente. E nós, meros piões que após quatro anos de passividade, agora acordamos ávidos e famintos em esperanças e promessas como ursos saindo de uma hibernação vamos novamente nos banquetearmos com mentiras e sonhos. Estou pronto para confirmar novamente que, o que ouvi, foram discursos políticos vazios como conchas, confirmar que meu herói “salvador” só via a mim como uma mercadoria, um capital a ser investido, que meu valor para essa comandita estava no meu titulo eleitoral, não nas minhas qualidades profissionais ou artísticas, que o senso de valor de meu herói depende de fatores estranhos.

Que tipo de governo necessita nossa cidade a fim de funcionar melhor? Daquele que governa pelo interesse egoísta em si mesmo? Daquele que coopera com os grandes grupos? 

Nossa cidade necessita de homens que se sintam livres e independentes, não sujeitos a nenhuma máquina política. Necessita de empresários que possam avançar sem se submeter às vontades de um aproveitador. 

Infelizmente as “Forças Política” de nossa cidade não se sentem como o resultado da vontade do povo, elas se sentem como algo independente, acham que a elas devemos fidelidade e submissão, e que devemos nos inclinar ante as suas vontades, querem que os empresários dançem segundo a música de sua administração. Para eles, devemos nos sentir não como ativos, mas como eternos dependentes. 

O mandato é o grande objeto do apetite político, uma casa refrigerada, uma sala grande, um seio grande; e nós somos os desmamados, os que esperam sempre e os eternamente desapontados. 

Anaximandro Silva Cavalcanti 
Psicólogo

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