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16 de janeiro de 2013

Marcelo x Ivandro: "O confronto" (Parte II)



Os textos polêmicos do professor e Jornalista, Ivandro Coêlho, que volta as páginas da net após  4 anos, tem dado muito o que falar. O debate já foi lançado e nesse jogo de ideias e críticas, remexendo a quietude da chapada, nesse período pós eleitoral, tem abalado os ânimos.

Chapadinha Anúncios, que não gosta de jeito nenhum de uma polêmica, vêm expor o confronto. As torcidas, já se mostram arriliadas. Marcelo disse que usará a tribuna para reagir a todos os ataques. Ô gente, deem uma trégua e vamos cair na folia ! Viva o carnaval ! Viva a alegria !!


Eu, o playboy e os canibais

“Todo mundo tem o direito de se portar como um debilóide até os trinta anos”, dizia Paulo Francis. Soube que o playboy tem 37. Pelo andar da carroça, já devia ter criado juízo, não é mesmo? Só porque critiquei sua atuação durante a eleição da Câmara, o mascote da família partiu para cima de mim de tacape na mão.

O que disse o neandertal? Em resumo, especulou sobre minha ausência do blog, insinuando um eventual suborno. No final, como é de costume, me ameaçou. Seu ruído foi imediatamente ecoado por outros canibais e pela claque dos miquinhos amestrados da net.
Comparo esse pessoal aos astecas retratados no Códice Magliabechiano. Na imagem - que utilizo acima -, o tipo mais comum de sacrifício humano era arrancar o coração das vítimas e jogá-las escada abaixo. Na verdade, é isso que querem os primitivos daqui: sangue. Palavrões. Mentiras. Insultos.

Ok. Não me importo. Considero o insulto uma forma legítima de combate. Já estou acostumado. Por isso fiquem tranquilos, meninos: não processo. Não dou Chilique. Nem vou chorar minhas mágoas no colo do “papaía”. Também não puxo revólver. Nem dou socos nos meus oponentes. Sei o que é democracia.
No fundo, acho que ser criticado por alguém que já perseguiu os padres, agrediu um professor universitário e espancou um vereador em praça pública é um tremendo elogio. O que queriam os boçais? Que eu ficasse dourando a pílula e repetindo velhos clichês do tipo “é uma liderança importante” ou outras bobagens? Ora, como dizia minha tia: tenham dó!

Mainardi escreveu Lula é minha anta. H. L. Mencken baixava o sarrafo no presidente dos EUA na década de 30. Nem por isso foram sacrificados. Nem por isso arrancaram-lhe as vísceras em praça pública. Só aqui é que não se pode dizer que um playboy mimado é um playboy mimado, uma dondoca autoritária é uma dondoca autoritária e um político ultrapassado é um político ultrapassado?

Sinto muito, caro leitor! Aceito qualquer coisa. Menos abrir mão do meu direito de dizer o que penso. E o que penso de tudo isso? O mesmo que Felipe Pondé: “Apenas mais uma forma enraivecida de recusar a idade adulta e [tentar] aniquilar a inteligência”. O resto são grunhidos de quem ainda não saiu da Idade da Pedra.

Ivandro Coêlho, professor e jornalista.

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