Quando o Dr José Almeida assumiu a direção do hospital, além da GRANDE reunião que foi feita com a prefeita e sua comitiva, dias depois ele reuniu cada setor do HAPA (Hospital Antonio Pontes de Aguiar), dizendo ele que tinha chegado pra colocar a maquinha pra funcionar. Depois de nos exigir que não fizessemos política ali dentro, que não falassemos mal da prefeita ali dentro e etc, ele nos deu a oportunidade para falar e nós fizemos nossas reivindicações.
No meu setor por exemplo, pedimos cadeiras decentes (acretide, nós sentamos em tamboretes, cadeiras quebradas sem encosto), pedimos que não faltasse o básico, como por exemplo, canetas ( pasme de novo, já chegou a faltar e cada recepcionista levar sua caneta de casa). Pedimos nosso adicional insalubridade (algumas pessoas voltaram a receber, mas eu não), pedimos um outro computador, haja vista que são duas recepcionistas por plantão, dois computadores agilizariam o trabalho da recepção e pedimos, por motivo de segurança que arrumassem a fechadura da porta que dá acesso as enfermarias que até hoje, é trancada com um cabo de vassoura.
Bem, solicitações feitas, ouvimos do novo diretor que iria se empenhar pra que todos aqueles pedidos fossem atendidos. Hoje, já se passa um tempo, e no HAPA tudo continua na mesma, e diria que algumas coisas até pioraram, como por exemplo, fichas de primeiro atendimento, prontuários e encaminhamentos manuscritos (sim, como nos tempos antigos, quando ainda não existia computador na base da caneta), porque a impressora estava precisando de um tonner novo. Falamos com o diretor, e comunicamos a ele que o tonner não adiantava mais ser recarregado, precisaria de um tonner novo. A resposta que obtivemos vem a seguir: "FAÇAM FICHAS COM CANETAS, POR ENQUANTO NÃO TEMOS DINHEIRO PRA COMPRAR UM TONNER NOVO"
E ai, um hospital como eles mesmo fazem questão de destacar, de referência regional , demorando 5 minutos pra preencher uma ficha de um paciente...é dose!
Graças a Deus, existe ali, gente que ama o que faz e que ama cuidar das pessoas. Gente que faz o que pode e o que não pode pelas pessoas que ali vão, carentes não só de saúde, mas de tudo que você pode imaginar.
Um dos funcionários cedeu uma impressora e graças a boa vontade dele, o sistema de computação voltou a funcionar. A impressora que lá se encontra, é de um funcionário, sim, de um funcionário.
(Funcionário do H.A.P.A)
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