Sempre soube que contra fato não existe argumento, mas já que argumentaram, vamos esclarecer alguns pontos sobre o texto relativo às minhas críticas ao Centro Cirúrgico do HCC.
Vou pegar o texto e fazer nos moldes do Alexandre Pinheiro, a não ser que ele me acuse novamente de plágio, mas como o mesmo recurso já foi usado para rebater um texto meu pelo Eduardo Braga, vamos lá. O argumento será em vermelho e meu posicionamento em preto:
“Zé Almeida lamentou a forma tendenciosa com que as notícias são passadas ao público e criticou a ânsia de setores da imprensa em buscar falhas na saúde pública para fins meramente eleitoreiros “
Todo tipo de denúncia ao governo já ganhou a alcunha de tendenciosa, só não é tendencioso o posicionamento dos defensores. Ao final do texto, todos farão suas conclusões de acordo com a sua vivência na cidade.
“que a pessoa que entrou no centro cirúrgico usando as mesmas roupas e sapatos que veio da rua, não observou a forma correta e higiênica que se deve ter para entrar numa sala de cirurgia”
Primeiro esclareceremos que uma sala com as portas escancaradas não pode denominar-se centro cirúrgico, além do mais não havia nenhuma cirurgia em andamento.
“Acho louvável a crítica construtiva e asseguro a todos o acesso a qualquer dependência das unidades dirigidas por mim, desde que devidamente paramentados e que isso não venha a colocar em risco a integridade dos pacientes”
Com relação às críticas, esse texto mais do que explica o posicionamento do Dr. José Almeida. O que colocaria mais em risco a integridade dos pacientes que operar-se em um ambiente não estéril e com as portas escancaradas?
“Questionado por este jornalista sobre a notícia de que uma gestante teria morrido – segundo post na rede social facebook - por causa do problema da porta, Zé Almeida disse que a paciente chegou em estado grave, vinda de outro município e que o fato não teve qualquer relação com a porta defeituosa, que já reparada, segundo ele.”
Em nenhum momento, no facebook há um post afirmando que a paciente morreu pelo problema da porta. O que foi relatado, segundo informações, que a paciente veio a falecer devido a complicações na anestesia. O que é de se estranhar é que realizaram a cirurgia em um ambiente insalubre. Outro fato é que o HCC não tem aparelhamento adequado para tais complicações, assim como não tem anestesista no quadro dos “50 médicos”. Certamente uma porta quebrada também não ajuda...
“O diretor finalizou pedindo mais responsabilidade da imprensa antes de colocar culpa nos profissionais da saúde pela morte de alguém sem a devida investigação”
Certamente não devemos fazer pré-julgamentos, e neste caso certamente não foi feito. E claro, a sociedade gostaria que não só este, mas outros casos também tivessem uma investigação isenta.
A porta foi reparada. Sim, depois de praticamente 1 mês. Mesmo depois das denúncias, continuava-se operando lá. Tenho o Dr. José Almeida em alta conta e não sei dos entraves que ele lida para administrar os hospitais, mas... Contra fato não existe argumento. O texto é somente mais uma tentativa de eximir-se de qualquer responsabilidade sobre o ocorrido e desviando a atenção para um bode expiatório, que desta vez fui eu. Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa...
Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)
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