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14 de março de 2012

A ÉTICA DO DESGOVERNO


“O Brasil tem fome de ética e passa fome em conseqüência da falta de ética na política”. Herbert de Sousa.

Kant, quando discorreu sobre ética, falou sobre seu imperativo categórico que seria agir segundo a máxima que possas ao mesmo tempo desejar que se tornasse lei universal. Resumidamente ele dizia para comportar-se da maneira que gostaria com que todos se comportassem. Kant deve revirar-se no túmulo ao ouvir a palavra ética na boca dos nossos gestores e dos que os acompanham. 

Enquanto nossos gestores e comitiva esbaldam-se em jantares com a governadora, hotéis 5 estrelas no país e exterior, contando sempre com o beneplácito do governo e com a morosidade da justiça, a população continua sendo mal servida e padecendo com a péssima administração. Nos hospitais, a situação é caótica e assombrosa, porém quando questionados, faz-se parecer que é pura maldade dos sensacionalistas da oposição. (eu, inclusive). Sinto-me compelido a criticar especialmente a área da saúde pois é a área em que atuo, e tenho propriedade para tanto. Já os que defendem o fazem de maneira genérica e evasiva. Na área da Saúde os desvios são feitos a olhos vistos e a falta de transparência funciona criminosamente como uma cortina de fumaça para disfarçar suas mazelas. 

As pessoas que tentam fazer uma defesa do governo Danúbia ( E olha que isso é um trabalho hercúleo) o fazem com argumentações rasteiras do tipo: A saúde de Chapadinha vai mal assim como em vários municípios.... (O problema é que em vários municípios existem maus gestores. A maior dificuldade em Chapadinha na área da saúde não é a escassez de verbas, mas o excesso de corrupção) 

Algumas pessoas que hoje são defensoras da atual administração já travaram épicas batalhas contra a mesma sob o manto da estrela vermelha de cinco pontas. O que restou desta luta e dos ideais socialistas? Praticamente nada, ou apenas uma conta corrente com valores mais confortáveis... De que adianta ser socialista de bolso vazio???. Como canta Belchior: “De carrão chego mais rápido à revolução...” 

Outro argumento é que assim como Danúbia é a continuação de Magno Bacelar, Ducilene seria a continuação de Isaias, e ,sobre este, pesa o não cumprimento do pagamento da folha municipal. (O mecanismo de defesa usado no argumento é a projeção, ou seja, O comportamento da Danúbia é projetado para Ducilene) 

Vejamos... Danúbia não é a continuação de Magno Bacelar. Ao observarmos toda a trajetória da atual prefeita, desde sua atuação como promotora de eventos, co-gerenciadora do FAC, vereadora e secretária municipal, vemos que Danúbia já se parecia muito com Magno Bacelar e em alguns aspectos, era muito pior. Ou seja, Danúbia apenas aplica na prefeitura o que aprendeu (ou deixou de aprender) durante toda sua vida. Danúbia então imprime sua marca própria à administração de Chapadinha, o que infelizmente é muito semelhante a do seu antecessor. 

No outro extremo temos uma bem sucedida empresária conhecida pela austeridade e pela confiabilidade. É nesses termos que acredito que aquilo que é mais comum para a candidata Ducilene, que é a valorização da palavra dada e responsabilidade financeira seja desta maneira levada à administração da cidade. Isso seria algo inovador, pois a palavra de nossos gestores não anda com a cotação muito alta (fui generoso nos termos). 

Apesar de todas as distorções e manipulações por parte do desgoverno, não devemos nos calar e vamos continuar combativos aos desmandos desta administração visando no futuro um governo ético e responsável. O grito de muitos deixará de ser escutados pelo nosso silêncio. 
Dr. Ernani Maia 
  (Cirurgião-Dentista) 



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