Em entrevista ao programa "DESCOBRINDO TALENTOS da rádio Cultura FM 87,9, com a apresentação de Toninho da Viola e Enedilson Santos, que vai ao ar todo domingo a partir das 10:30h, o Poeta, escritor e compositor, João das Graças esteve neste último final de semana, falando de sua vida dedicada as obras literárias.
João das Graças Lopes da Fonseca nasceu em Guarimã, município de São Benedito do Rio Preto-MA em 25 de fevereiro de 1952, filho de Zacarias e Jovelina, sendo o caçula de uma família de 16 irmãos. Em Guarimã viveu sua infância e adolescencia trabalhando na roça. Casou-se em março de 1973 com Leontina Arouche, constituindo uma família de 7 filhos e por necessidade de dar melhor formação a estes, em 1979 migrou para a cidade, onde também concluiu o ensino fundamental.
Funcionário público estadual. Em 2002 concluiu o curso de auxiliar de enfermagem, promovido pelo PROFAE administrado pelo Colégio Múltiplo Êxito de Timon-MA. A enfermagem é a profissão que mais gosta de trabalhar, pela maneira de ficar mais próximo de pessoas que necessitam, não só de tratamento clínico, como também de cuidados especiais por parte de funcionários do hospital.
Isso é um pouco da biografia desse ilustre poeta, do qual atualmente reside em Chapadinha e quer contribuir com as manifestações culturais de nossa cidade. O mesmo possui várias obras literárias já publicada em livros e dezenas de composições musicais, porém não possui exemplares a disposição por falta de patrocínio.
A partir de hoje Chapadinha Anúncios vai destacar todos os dias, poesias, poemas e canções desse grande artista nato. Em primeira mão e com exclusividade, o blog mostra a poesia declamada ao vivo no programa da Rádio Cultura.
Enedilson Santos.
RIOS QUE CHORAM
Oh rio por que chora?
Que ouço o teu clamar!
Minhas margens não têm flora.
Não existe siricora.
Não tem mata ciliar!
Fauna não existe mais.
Não tem peixe pra pescar.
Com essa falte de respeito.
Eu agonizo no leito.
Tão querendo me matar!
Fui tão rico no passado.
Com muitas águas a jorrar!
De mim ninguém tinha queixa
Era um rio de muitos peixes
Com muitas espécies para pescar
Piau, pacu e pintado.
Piranha, cruvina e crumatar.
Flecheira, traíra e surubim.
Com tanto peixe assim
Fazia gosto a gente pescar.
Era um rio navegável
Canoa descia e subia
Era uma tradição
Fosse inferno ou verão
Transportava mercadorias
Minhas margens eram só matas
Muitas caças existiam
De baixo do pé fava danta
Macaco, catitu e anta
Paca, cutia comiam
O homem é responsável
Por toda devastação
Hoje é um grande desafio
Morar na margem do rio
Pra comer arroz e feijão!
Caça e pesca não tem mais.
Estão em extinção!
Todos esses animais.
Só existe em cartaz.
Ou na tela da televisão!
Os rios estão morrendo?
E todos fingem não ver.
Ainda dizem que lhe adoram.
Mas ainda quando olham.
Só na hora do lazer!
Ali deixam todo lixo.
Só aumenta o seu sofrer
Se não tiver a consciência
Não tomar providência
Os nossos rios vão morrer
Cada ano que passa
Piora a situação
Parece que fazem o capricho
De jogar todo lixo
Aumentando a erosão
Nas margens é só queimadas
Sem nenhuma proteção
Isso me deixa angustiada
Os governantes não fazem nada
Essa é; a minha preocupação!
João das Graças
0 comentários:
Postar um comentário