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15 de junho de 2012

O Orgulho de Ser Corrupto (por Ernani Maia)



"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."
(Rui Barbosa)


Ao traçar as linhas gerais dessa argumentação, o título original seria: "Os Corruptos Perderam a Vergonha". Repensando, vi que o título ficaria paradoxal, uma vez que, para se perder algo, é necessário antes tê-lo, e algo que os corruptos não possuem é vergonha.

Depois da divulgação de alguns polpudos contracheques, seus proprietários, que antes negavam o vencimento e até mesmo o vínculo empregatício, fingiram-se indignados, fazendo-se passar por pessoas de moral elevada.

A revolta maior talvez tenha sido terem tornado público o que era particular. E não estou falando de contracheques, estou falando da falta de moralidade e honestidade dos secretários e blogueiros governistas.

A motivação ficou visível, as máscaras caíram e o rei viu-se nu. Os orgulhosos corruptos haviam perdido seu discurso e sido desmascarados. Com a fúria assassina de animais acuados investiram contra quem os desmascaram, para tentar recuperar a imagem perdida. Tarde demais...

Um recente episódio foi o apoio do PT à pré-candidatura de Ducilene Belezinha. A prefeita e alguns integrantes do PT, que compunham a base governista, não reconhecem a decisão da maioria e tentam reverter a votação no tapetão.

O grupo Danúbia/Magno tenta anular um processo legítimo e democrático, refletindo mais uma vez seu comportamento autoritário em não acatar a decisão soberana do partido. As causas para tal revés, além do descontentamento dos integrantes do PT, foi a decisão do ex-secretário Luiz Eduardo Braga de retirar a proposta de apoio ao governo durante as discussões. Fica a dúvida se este episódio foi uma traição ao grupo governista ou uma incrível demonstração de desprestígio e inabilidade política.

Outro episódio foi protagonizado pelo nosso caricato suplente Magno e seus seguranças. Seguranças estes pagos com o dinheiro do povo, sob falso pretexto de uma ameaça de morte. O suplente utilizou seus seguranças para intimidar um rapaz que gravava seu discurso. Agora vejam: O segurança pago pelo povo foi utilizado para reprimir um popular...

Essas pessoas, que deveriam envergonhar-se de suas atitudes, por comprometerem não somente sua honra, mas também a de suas famílias, vangloriam-se usando, como véu, discursos articulados para mascarar sua desonestidade.

Desfilam orgulhosos sobre um asfalto que nunca pavimentará a lembrança dos que faleceram nos hospitais municipais por falta de atendimento médico.


Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)

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