A polícia de Pratânia investiga uma ONG que fazia, exames de visão na cidade em um ônibus itinerante em junho de 2011. Depois de uma denúncia anônima, o veículo, óculos e receitas, foram apreendidos. As consultas que deveriam ser feitas por um médico foram realizadas por um técnico, chamado optometrista.
Essa Suposta ONG denominada "APS Saúde" (Associação Paulista de Serviço e Gestão da Saúde) parece ser é a mesma que esteve em Chapadinha, nesta última semana, com o apoio da prefeitura, onde a Secretaria de Ação Social (SEMAS) havia dado total suporte para a realização do atendimento nos CRAS e utilizado o próprio prédio da secretaria para a efetivação dos exames oftalmológicos.
Assim como em Chapadinha os moradores de Pratânia foram atraídos pela promessa de exame de graça e óculos por um preço baixo oferecidos pela ONG . Depois de pagar R$ 50,00 de sinal, alguns pacientes veio buscar os óculos e foi surpreendida com a notícia de que o exame nos olhos não foi feito por um médico. Coincidentemente essa ONG, estava na cidade de Pratânia a convite do poder público.
Segundo o conselho brasileiro de oftalmologia, os exames que estavam sendo realizados dentro do ônibus não seriam suficientes para detectar problemas na visão de uma pessoa e a prescrição de graus errados, poderia causar sérios problemas ao paciente. Por esse motivo a polícia apreendeu o ônibus e levou o responsável à delegacia para responder a processo por exercício ilegal da profissão.
Assim como em Pratânia aqui em Chapadinha a ONG, que tem o mesmo nome e usou as mesmas estratégias para atrair centenas de pessoas, foi subitamente investigada pela Vigilância Sanitária por realizarem consultas oftalmológicas e diagnósticos sob prescrição de óculos por profissionais Optometrista que não teriam habilidades para tal procedimento. A Policia Militar foi acionada para a ajudar na apreensão dos equipamentos.
CONTRADIÇÃO
A Secretária de Assistência Social, Neldan Araújo, explicou em matéria no blog do Foguinho que esses profissionais da ONG que prestaram serviços a população, por meio do SEMAS, "nunca quiseram ou disseram que os mesmos eram oftalmologista ou iria consultar alguém, eles nunca realizaram nenhum procedimento com esse nível de médico, os profissionais são optometrista e trabalharam dentro das normalidades de funcionamento na área". Porém o mesmo blog, anteriormente, relatou que Neldan, havia visitado os "locais de atendimentos oftalmológicos gratuitos prestado pela entidade de são Paulo no munícípio de Chapadinha". Disse ainda que a secretária "avaliou os trabalhos como um grande projeto que está beneficiando a comunidade com consultas,exames oftalmológicos e armação gratuitas para todos". (Clique).
O pior é a atitude da mesma secretária em defender e levar adiante os atendimentos altamente suspeitos. Ela disse que conversou com os representantes da da Associação Paulista e o mesmos garantiram a entrega dos óculos ou as lentes no dia 21 de maio como prometido.
Neldan repudiou a atitude da Vigilância Sanitária dizendo que "foi inadequada na abordagem, pois ali não tinha bandido e nem um ato ilícito para chamar a Polícia e prender o equipamento, se houvesse algum problema suspenderia os trabalhos até regularizar a situação e não prender e abordarem as pessoas daquela forma."
Gostaríamos que a Vigilância Sanitária se posicionasse sobre o caso e relatasse quais os procedimentos legais sobre a abordagem e quais a ações judiciais estão sendo feita para dar continuidade às investigações.
O importante é que os pacientes saibam quem está com a razão, sob o risco de não serem penalizados por procedimentos oftalmológicos por profissionais que não sejam habilitados para tal função, com possíveis agravos dos seus problemas de visão.
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