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15 de julho de 2014

SINDCHAP: Diálogo ou Confronto Político ?



Quem acessa as redes sociais e ouve rádio nas manhãs de domingo já deve ter percebido que muito dos nobres companheiros sindicalistas vem execrando a prefeita de Chapadinha com deboches que afronta qualquer autoridade.

Pra falar a verdade, o Sindchap hoje é o principal instrumento dos políticos oposicionistas. A última eleição da entidade foi a prova maior. Forças políticas contrárias ao governo estão por trás dos movimentos sindicais que começam a eclodir a partir de agora.

O confronto, longe de ser sindical, poderá ter consequências prejudiciais aos professores da rede municipal que estão servindo de bucha. Veja algumas observações:

A greve é um instrumento legal, usado em último recurso quando há falta da mesa negociadora, trazendo graves prejuízos aos trabalhadores. Pra isso deve haver dispositivos que assegure a sua legalidade, apoiado pelo Ministério Público e outras instancias judiciais. 

No caso da Paralisação, é uma mobilização individual ou coletiva no qual os trabalhadores resolvem abandonar seus postos de trabalho, por tempo determinado, no intuito de reivindicar seus direitos, porém, os mesmos assumem  todos os riscos.

O Sindchap está garantindo que os servidores paralisados não serão prejudicados com descontos em seus proventos ? A entidade tem o apoio dos promotores ? Por que não deflagam uma greve, com o apoio das autoridades, seria a falta dos dispositivos legais ?

Em 2010 os professores através do sindicato ficaram paralisados 3 dias. Depois das negociações com o executivo que não produziu nenhum resultado, os educadores voltaram às escolas com o "rabo entre as pernas". A sorte foi que a líder sindical da época teve que praticamente "ir aos prantos" nos pés da prefeita para que não fosse descontados os dias paralisados.

Logo que assumiu em 2011 a diretoria anterior do Sindchap, ingressou maratonas de protestos contra a gestora, mas sem que houvesse greve ou paralisações. Todavia a prefeita que tinha fechado todas as portas e que desafiava a tudo e a todos, com expressões tiranas como: "nem com faca no pescoço", para não ceder os direitos, teve que engolir a seco o pagamento de 4 abonos, por estratégias políticas, somente.

O cenário atual é diferente, a prefeita Ducilene Belezinha nunca se negou a negociar com a categoria e como último resultado a folha de pagamento do município foi alterada em mais de 100 mil reais com o pagamento das promoções e progressões de 722 servidores, pendentes desde 2010. Com as devidas negociações não foi preciso impetrar processos na justiça.

As reivindicações do Sindchap são justas e a entidade deve continuar no seu papel de defesa dos trabalhadores de forma responsável e se preciso for, até mesmo impetrar ações no judiciário para garantir os direitos. Agora paralisar a educação sem apoio do Ministério Público, levando em conta também os direitos dos estudantes, onde milhares de crianças e adolescente são prejudicados, aí é "dar com os burros n'água".

Depois não digam que eu não avisei !!!

Enedilson Santos







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